quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Resenha dos capítulos: 4 e 5 do PLT

Capítulo 4
Projeto Político Pedagógico e Proposta Pedagógica


A Escola tem a grande missão de formar seus alunos. Para isto é preciso que haja uma programação, que organize os desejos, intenções, meios e outros itens utilizados para se atingir este objetivo. Esta programação chama-se Planejamento, deve ser elaborado através da união de idéias e ações de um grupo, que deseja transformar uma realidade, tendo como base:
- O que se quer alcançar?
- A que distância está daquilo que se quer alcançar?
- O que se fará concretamente para diminuir essa distância?
Existem diversos tipos de Planejamento (jurídico, tecnocrata, desenvolvimentista, sociológico, por exemplo.), cada um com o objetivo mais específico do que deseja alcançar. Mas independente dessas diferenças, o que se quer frisar é a importância de acreditar no Planejamento. Cada profissional deve participar ativamente de sua elaboração, sem permitir que o conhecimento permaneça apenas sob o domínio de um dirigente.

O Macro planejamento Escolar

O Projeto político Pedagógico e a Proposta Pedagógica se embasam em lançar ao futuro os ideais de um grupo, tendo sempre em mente que objetivos se desejar alcançar. Na atualidade não se fala em projetos individuais; trata-se de trata-se de trabalhar para o coletivo, refletindo e discutindo sobre os problemas da Escola, buscando alternativas viáveis para a permanência de suas soluções.


Projeto Político Pedagógico

Compromisso Sociopolítico Ações Educacionais
Interesses reais e coletivos.

Proposta Pedagógica

É uma exigência da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que incumbe cada estabelecimento de ensino elaborá-la e executa-la. De forma que seja feita em conjunto, pelo corpo docente da escola, para atribuir a mesma, maior autonomia.
Neste documento ficam registrados os ideais escolares e sociais. E é construído à partir de diretrizes e prioridades determinados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e/ ou pelo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, destacando as formas de como trabalhará, o desenvolvimento dos educandos durante e ao final do processo, as habilidades destes e dos professores e os materiais a serem utilizados.

Capítulo 5

Planejamento de Ensino e Aprendizagem

O Micro planejamento escolar

Denomina-se micro pois, apesar da semelhança que tem com o Projeto Político Pedagógico, o Planejamento escolar refere-se ás ações didáticas que irão ocorrer em sala de aula.
O Planejamento de ensino é construído através do conjunto de experiência, vivências e atividades da Escola que tendem para os objetivos educacionais. Portanto fica claro que os objetivos traçados no PPP e na Proposta Pedagógica devem ser entrelaçados às idéias do Plano de Ensino e Aprendizagem e ao Plano de Aula.
Entende-se também que não basta um bom planejamento para se ter uma boa aula, pois uma coisa não é conseqüência direta de outra.

Objetivos Educacionais

O objetivo de uma aula é desenvolver no aluno habilidades das quais ele não era capaz de realizar antes de empenhar-se em determinada matéria.
Para alcançar essa evolução a pedagogia utiliza-se de diversos artifícios, como por exemplo: “Objetivos gerais” e “Objetivos específicos”. E para melhor interpretação e definição de cada objetivo, estes foram classificados cientificamente como: Cognitivo, Afetivo e Psicomotor. Isso chamamos de Taxonomia de Bloom. Essa teoria foi posteriormente revisada por Anderson, que considerou que uma gama maior de fatores influenciavam e afetavam o ensino e a aprendizagem.

Conteúdos de Ensino

Vão além da relação “conteúdos de ensino = conhecimentos cognitivos”, pois trata-se do que os alunos precisam saber, saber fazer e ainda ser. Relacionam-se com todo conhecimento construído e em construção pela humanidade. Para cada tipo de conteúdo devemos escolher uma metodologia adequada, que envolve a opção por determinados procedimentos e recursos de ensino.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Palestra: Apresentação do Projeto Ler e Escrever

Palestra: Apresentação do Projeto Ler e Escrever

Conhecendo as hipóteses da escrita
Professora:Graziela Bortoletto Banzatto (Coordenadora de Oficina pedagógica)

Aspéctos principais da Palestra

Segundo dados,93% das crianças do estado estão sabendo ler e escrever alguns gêneros
linguínticos;
Todas as crianças são capazes de ler e escrever nas séries iniciais (1° e 2°ano)
É preciso trabalhar uma sequência didática para que hajaevolução da criança;
Tratar sobre as hipóteses de escrita (silábica com valor sonoro; silábica cosem valor sonoro; pré-silábica; silábico alfabético; recém-alfabético);
Apresentação do material didático do projeto ler e ecrever (conteúdos, objetivos e técnicas);
Enfatizou a importancia de valorizar a aprendizagemda criança e não somente seus erros.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

AULA

A AULA

Considerando as aulas nos tempos atuais, é necessaria a preparação de aulas antecipadamente, com o uso de materiais tecnológicos, qualificando e buscando motivação maior para os aunos em sala de aula, transmitindo informações necessárias através de um interesse mútuo.
Uma aula depende da necessidade do aluno aprender e do professor ao ensinar com satisfação, interesse, respeito, amor e dignidade e principalmente de ministrar as aulas com habilidade e dinâmica, motivando e respeitando o conhecimento que o aluno já tem e aproveitando e enriquecendo a aula a partir desse próprio conhecimento e aprendizado do mesmo.
Concui-se então, com uma prazerosa aula haverá um conhecimento enriquecido e reciprocidade entre professor e aluno.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

COMENIUS

Comenius foi o criador da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII; já no século 17, ele concebeu uma teoria humanista e espiritualista da formação do homem que resultou em propostas pedagógicas hoje consagradas ou tidas como muito avançadas. Entre essas idéias estavam : o respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem, a construção do conhecimento através da experiência, da observação e da ação e uma educação sem punição mas com diálogo, exemplo e ambiente adequado. Comenius pregava ainda a necessidade da interdisciplinaridade, da afetividade do educador e de um ambiente escolar arejado, bonito, com espaço livre e ecológico. Estão ainda entre as ações propostas pelo educador checo: coerência de propósitos educacionais entre família e escola, desenvolvimento do raciocínio lógico e do espírito científico e a formação do homem religioso, social, político, racional, afetivo e moral.
Jan Amos Komenský, nome original de Comenius, nasceu em 28 de março de 1592, na cidade de Uherský Brod (ou Nivnitz), na Moravia, região da Europa central pertencente ao antigo Reino da Boêmia (atual República Tcheca). Com a morte dos pais, vence muitas adversidades e estudou Teologia na Faculdade Calvinista de Herbon (Nassau) onde foi aluno de Alsted e se familiarizou com a obra de Ratke sobre o ensino das Línguas. Começou nessa época a elaboração de um Glossário Latino-Checo no qual trabalhou cerca de 40 anos e que perdeu quando Leszno, cidade em que então vivia (1656) foi invadida por um exército católico e incendiada.
Com 26 anos de idade, regressa à Morávia. Foi professor na sua antiga escola e tornou-se pastor religioso em Fulnek. Assume então o encargo de dirigir as escolas do Norte da Morávia.
Comenius, uma voz quase solitária em seu tempo, defendia a escola como o "locus" fundamental da educação do homem, sintetizando seus ideais educativos na máxima: "Ensinar tudo a todos", e que para ele (1997, p.95), significava os fundamentos, os princípios que permitiriam ao homem se colocar no mundo não apenas como espectador, mas, acima de tudo, como ator.
O objetivo central da educação comeniana era formar o bom cristão, o que deveria ser sábio nos pensamentos, dotado de verdadeira fé em Deus e capaz de praticar ações virtuosas, estendendo-se à todos: os pobres, os portadores de deficiências, os ricos, às mulheres.
Comenius aponta como necessária a constante busca do desenvolvimento do indivíduo e do grupo, pois um melhor conhecimento de si mesmo e uma melhor capacidade de autocrítica levam a uma melhor vida social, assim como deve haver a solidez moral que pode ser conseguida por meio da educação. Para ele, didática é ao mesmo tempo processo e tratado. É tanto o ato de ensinar como a arte de ensinar.
A arte de ensinar é sublime pois destina-se a formar o homem, é uma ação do professor no aluno, tornando-o diferente do que era antes. Ensinar pressupõe conteúdo a ser transmitido, e eles são postos pela própria natureza: são a instrução, a moral e a religião. O conhecimento que temos da natureza serve de modelo para a exploração e conhecimento de nós próprios. Mas não é a natureza "natural" o exemplo a ser imitado, mas a natureza "social". Sua proposta pedagógica dirige-se sobretudo à razão humana, convocando-a a assumir uma atitude de pesquisa diante do universo e de visão integrada das coisas.
Comenius defendia a idéia de que a aprendizagem se iniciava pelos sentidos pois as impressões sensoriais obtidas através da experiência com objetos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Seu método didático constituiu-se basicamente de três elementos: compreensão, retenção e práticas. Através delas se pode chegar a três qualidades fundamentais: erudição, virtude e religião, a quais correspondem três faculdades que é preciso adquirir: intelecto, vontade e memória.
O método deve seguir os seguintes momentos:
tudo o que se deve saber deve ser ensinado;
qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, no seu uso definido;
deve ensinar-se de maneira direta e clara;
ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas;
explicar primeiro os princípios gerais;
ensinar as coisas em seu devido tempo;
não abandonar nenhum assunto até sua perfeita compreensão;
dar a devida importância às diferenças que existem entre as coisas.
A Didática Magna apresenta as características fundamentais da instituição escolar moderna. Entre elas podemos apontar: a construção da infância moderna já como forma da uma pedagogização dessa infância por meio da escolaridade formal; uma aliança entre a família e a escola por meio da qual a criança vai se soltando a influência da órbita familiar para a órbita escolar; uma forma de organização da transmissão dos saberes baseada no método de instrução simultânea, agrupando-se os alunos e, não menos importante, a construção de um lugar de educador, de mestre, reservado para o adulto portador de um saber legítimo.
O método único e seus fundamentos naturais
"não se consegue de uma só semente produzir a mesma árvore? De um só método farei alunos capazes!"
Eis as razões pelas quais para o autor, o uso de um só método se justifica:
o fim é o mesmo: sabedoria, moral e perfeição;
todos são dotados da mesma natureza humana, apesar de terem inteligências diversas;
a diversidade das inteligências é tão somente um excesso ou deficiência da harmonia natural;
o melhor momento para remediar excessos e deficiências acontece quando as inteligências são novas.

História da Didática no Brasil

Entre 1549 e 1759, a sociedade era de economia agrário-exportadora e dependente, explorada pela Metrópole e a educação não tinha valor social importante. Nesse período colonial os jesuítas eram os principais educadores e sua função educativa era voltada para a catequese e instrução dos índios.
"A ação sobre os índios se resume na cristianização e na pacificação, tornando-os dóceis para o trabalho". (Maria Lúcia Aranha, 1996).
Segundo Aranha, existiam duas formas de educação: a dos catequizados e a dos instruídos. Na primeira, a Didática se resumia a compreensão do português; pra os filhos dos colonos, os jesuítas criaram três curso: letras humanas, filosofia e teologia. As aulas eram ministradas, de forma expositiva e repetitiva, visando á assimilação e estimulando a competição.
A ação pedagógica jesuíta previlegiava o exercício da memória e o desenvolvimento do raciocínio.
Em 1890, é aprovada a reforma de Benjamim Constant sob a influência do positivismo. O ensino religioso nas escolas públicas é extinto e o Estado assume a laicidade e a escola passa a difundir uma visão burguesa com a intenção de garantir a consolidação da burguesia industrial como classe dominante. Nesse período a Didática visa garantir aos futuros educadores orientações necessárias ao trabalho docente.
A partir de 1930 Surgimento da Didática nos cursos de formação de professores. O âmbito educacional passa por profundas mudanças. A primeira delas é a constituída por Vargas na criação do Ministério de Educação e Saúde Pública organizando o ensino comercial, adotando o regime universitário e implantando a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, que surge como o primeiro instituto de ensino superior que funcionava de acordo com o modelo Francisco Campos. Essa modificação, dá origem a Didática como disciplina dos cursos de formação de professores a nível superior, Segundo o art. 20 do Decreto-Lei nº 1190/39, a Didática passa a ser reconhecida como curso e disciplina, com duração de um ano, acentuando seu caráter prático-teórico do processo ensino-aprendizagem.
1945 a 1960 Momento de aceleração e diversificação do processo de substituição de importações e a penetração do capital estrangeiro na economia brasileira. Nesse contexto, o Decreto-Lei nº 9053 desobrigava o curso de Didática sob a vigilância de Lei Directrizes e Bases, Lei 4024/61, o esquema de três mais um foi extinto pelo Parecer nº 242/62, do Conselho Federal de Educação. A Didática perdeu seus qualificativos geral e especial e introduziu-se a Prática de Ensino sob forma de estágio supervisionado. Nesse mesmo período, é celebrado um convênio entre o MEC/Governo de Minas Gerais - Missão de Operações dos Estados Unidos criou-se o PABAEE (Programa Americano Brasileiro de Auxilio ao Ensino Elementar), voltado para o aprimoramento dos professores do Curso Normal. A Didática passa a desconsiderar o contexto político-social no processo de ensino, acentuando um enfoque renovador tecnicista.
Período Pós 1964 Os descaminhos da Didática. Instalou-se no país um movimento que alteraria a ideologia política, modificando através de um projeto desenvolvimentista que objetivava acelerar o crescimento socioeconômico do país, mudando a forma de governo e consequentemente a educação, que passa a contribuir com tal projeto na preparação adequada de recursos humanos (mão-de-obra) necessários para o crescimento econômico e tecnológico da sociedade.
Esse movimento é tratado como marco histórico, pois a Pedagogia Nova entra em crise e suas articulações passam a ser assumidas pelo grupo militar e tecnocrata. A partir daí, essa pedagogia embasa-se na neutralidade científica inspirando-se nos princípios da racionalidade, eficiência e Didática produtividade, O acordo feito com o MEC/USAID marcou o sistema educacional, sustentando as reformas do ensino superior e do ensino médio. Além disso, foi implantada a disciplina "Currículos e Programas", pelo Parecer252/69 e Resolução n] 2/69, do Conselho Federal de Educação, nos cursos de Pedagogia, provocando a superposição de conteúdos da nova disciplina com a Didática.
A Pedagogia Tecnicista enfoca o papel da Didática no desenvolvimento de uma alternativa não psicológica, trazendo uma perspectiva ingênua de neutralidade científica, tendo como preocupação básica a eficácia e a eficiência do processo de ensino.
1980 - Os professores se empenham para reconquistar os direitos e deveres de participarem na definição da política educacional. Ao mesmo tempo, fora realizado a I Conferência Brasileira de Educação, marco importante na história da educação brasileira, pois constituiu um espaço para se discutir e dissiminar a concepção crítica da educação.
A década de 1990 - A Didática e a Prática de Ensino se fortalecem, passando a ser tema de grande interesse de pesquisas que voltam-se para o interior da escola com o objetivo de compreender melhor o seu cotidiano e o fazer pedagógico, em especial no ensino fundamental. Contudo, ainda existe uma inter-relação entre o prescrito e a prática dos professores, caracterizada pela ausência de planejamento, inclusive escolar - projeto pedagógico -, e pela dicotomia entre a Didática pensada, refletida e a Didática do professor.